A alma quer-se assim sem tectos, lares, amparos de rendas fáceis.
Empresta-me o teu sorriso, disse ele.
Banco de juros altos, empréstimos de valores acrescentados.
Prefiro o internamento.
Depois. Atrevi-me. Atrevo-me a tudo.
Não foram topologias. Pois não existiam vizinhanças.
Quando se remexe o estômago prepara-se a próxima refeição.
Mas quando se remexe as vísceras todas, de parede a parede, a raspar cada grelha, brecha, greta, racha, prepara-se a asma.
Porque quem morre respira. Quem vive é asmático.
Profundamente asmático de si mesmo.
Não falo de gentes, sim de heterónimos. Os nossos.
Esgotos. Mas são veias, como se entrássemos dentro de cada uma delas, nus de tudo.
De sensações,impressões e tocássemos com as costas da mão nesses tabiques. De mergulho. Sem palmas. Mas sem arrancar nada. Passar só. Sem fazer comichão.
Sem desesperos. Melancolias.Sem nos habituarmo-nos a nada. Porque queremos logo tudo.
E chega-se lá acima. À serenidade.
Mas cansa. Esta serenidade, não cansa?
Não que não cansa, ah pois cansa.
Desconforme o teu o teu bombordo, alinhas o meu bombordo. E fica-se pelo cais.
É essa a serenidade, que cansa.
O alinhamento cansa. Fatiga. Morre-se. É. Pode-se morrer no alinhamento, sabiam?
Mais que nas trincheiras.
Não sou mulher de guerras civilizadas.
Gosto mais de garras, de anarquias sem votos.
Vetos de criaturas sistematicamente alinhadas… cansam-me.
Resta a dureza.
Esta que ficou entre o lençol e o cobertor.
Durmo nua.
Chove. E. Descalcei-me.