Um dia gritaram-me isto: Eu para sentir é preciso muito! Eu respondi assim: Eu para sentir, não é necessário nem muito...nem pouco. É só preciso sentir! Ponto final. Sem parágrafos. Estranha Pesssoa Esta
segunda-feira, novembro 30, 2009
Embrião
Quando falamos dos nossos medos.
Entenda-se: A, outras pessoas.
Estas têm a brava, quase, ofensiva mania.
De compararem os nossos medos a memórias fracas.
E um tanto ou quanto, constrangidas.
Quando falamos dos nossos medos.
Entenda-se: A, outras pessoas.
O que nós não queremos ouvir, são cachimónias. Sagacidades.
Penetrações de castelos intelectuais.
É que a bem da verdade. Já nos chegam os nossos.
E se falamos é porque a angustia já é tão grande,
Que se torna asmática. Irracional. Quase. Insensata.
As recordações.
Quando falamos dos nossos medos.
A nossa Alma toda a forma [quase] física de um embrião enrolado no útero.
Em que os joelhos tocam o queixo.
E os pés ficam assim sem meias, frágeis a qualquer vidro no chão.
Quando falamos dos nossos medos.
Entenda-se, a nós mesmos.
O que nós queremos é parir.
Parir-nos a nós mesmos.
Arre.
quarta-feira, novembro 25, 2009
Pescoço
Era verão. Era noite. E estava frio.
Falava o medo por entre a engrenagem do motor.
Ela estava no banco de trás.
Como o medo.
Ele na frente. Como o silêncio.
Entre o medo e o silêncio. Coabita o atrevimento.
Reflexos de gestos. Palavras. Entrelinhas. Respirares. Agonias.
Entre o receio. E. O Sossego.
Vive o arrojo. Arregaçado. Sem escrúpulos.
De impulsos inconscientes.
Entre o medo. E. O Silêncio.
Vivo eu ás vezes. Esticada. Em protesto. Agoniada.
Dependente de vómitos. Agonizantes do desejo.
Absurdo?
Absurdo é o amor sem loucura. Disse ele.
Enquanto ela esticada. Amedrontada sob a cama.
Sentia aquele gesto de dedos no pescoço.
E num respirar. Fundo. Descaíram os ombros.
E ficaram assim. Sem piedade.
Apressa-te, dizem os dias.
Excomungados pela saudade.
E já é inverno. É madrugada. E está calor.
Inconscientemente. Levo a mão aos lábios.
E atrevo-me. No banco de trás.
Falava o medo por entre a engrenagem do motor.
Ela estava no banco de trás.
Como o medo.
Ele na frente. Como o silêncio.
Entre o medo e o silêncio. Coabita o atrevimento.
Reflexos de gestos. Palavras. Entrelinhas. Respirares. Agonias.
Entre o receio. E. O Sossego.
Vive o arrojo. Arregaçado. Sem escrúpulos.
De impulsos inconscientes.
Entre o medo. E. O Silêncio.
Vivo eu ás vezes. Esticada. Em protesto. Agoniada.
Dependente de vómitos. Agonizantes do desejo.
Absurdo?
Absurdo é o amor sem loucura. Disse ele.
Enquanto ela esticada. Amedrontada sob a cama.
Sentia aquele gesto de dedos no pescoço.
E num respirar. Fundo. Descaíram os ombros.
E ficaram assim. Sem piedade.
Apressa-te, dizem os dias.
Excomungados pela saudade.
E já é inverno. É madrugada. E está calor.
Inconscientemente. Levo a mão aos lábios.
E atrevo-me. No banco de trás.
domingo, novembro 22, 2009
Clave de Sol
quinta-feira, novembro 19, 2009
sexta-feira, novembro 06, 2009
Doce da Casa
Existem detalhes incontornavelmente insaciáveis.
[...]
[...]
Como aquele detalhe final
da folha de alface
a cair em passos lentos
com todas as gotas sobre o chão.
[...]
E tu a molhares os lábios.
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