terça-feira, julho 28, 2009

Encaixe


Ás vezes.
Mas, só ás vezes.
E poucas.
Vezes.
Os sentimentos são como as bailarinas.
Em bicos de pés.

domingo, julho 12, 2009

Carta aberta aos meus amores...



Nunca gostei de despedidas. Acho que ninguém gosta.
E esta despedida dói.
E dói a valer.
Aperta-me o coração todo, e deixo soltar sal pela retina.
Daquele sal fino. Que sente tudo.
Sinto demasiadamente a saudade.
Gosto muito de vocês.
E gosto com o coração todo.
Porque não há outra maneira de gostar, senão com o coração todo.
Aprendi muito com cada um de vocês.
Essencialmente aprendi a ser mais pessoa.
A ser mais sorriso.
Um muito obrigado a cada um de vocês. Vocês valem muito a pena.
Foi de um enorme prazer fazer parte do vosso metro quadrado.
Sejam sempre fiéis a vós próprios. Lutem pelos vossos objectivos, pelos vossos sonhos, pelas vossas marés. E essencialmente, lutem por aquilo que acreditam.
E nessa luta nunca se esqueçam de sorrir, e de sentir, que efectivamente, vocês valem muito a pena.
Abram as asas. E voem.
Mas, voem bem. E que o vosso voo seja aquilo que vocês quiserem.

Eu cá vou estando por aí, a torcer por cada um dos vossos voos.

É uma vida ... a gostar de vocês. De cada um de vocês. Meus grandes totós.

Um abraço grande,
Vanda.

segunda-feira, julho 06, 2009

Cafoné

Mensurável desregramento.
Entusiasma-me esta Lua.
Que nem é cheia, nem é vazia.
É um quase tudo.
E é esse quase que me delicia.
Que me confunde os sentidos.
Desarranja-me os gestos.
Os meneios.
Fico com o instinto parado.
Sem reacção.
De um arrojo q.b..
Engrenamento de uma qualquer coisa a puxar para o confortável.
É como um ‘cafoné’.
É.
É isso é.
Esta lua é como um ‘cafoné’.
Daqueles que nos lembramos sempre. Que ficam sempre.
Que nos sentimos sempre.
Nós.
Como se os caracteres do meu raciocínio não se importassem com nada.
E os sons de todas as paixões percebessem tudo.
Sem precedentes.
Nem antecedentes.
Assim. Apenas. Silêncio.

quinta-feira, julho 02, 2009

Lobachevskii


Escuta-me.
O meu raciocínio anda pálido.
Ténue.
Débil.
Extremamente débil.
Diria até. Franzino.
Está estrafegado.
Asfixiado.
E.s.t.r.a.n.g.u.l.a.d.o.
Pelo desejo.
Imagina a Geometria de Euclides.
Aquela cuja duas linhas paralelas jamais se intersectam.
Agora imagina a Geometria de Lobachevskii.
Aquela cuja duas linhas paralelas se encontram no infinito.
Ora, pois.
É assim o esmaecimento do meu raciocínio.
Paralelo na razão.
E.
Intersecto no desejo.
Percebeste?
Ainda bem que não.
É que a ‘desinquietude’ não se entende.
Saboreia-se.