sexta-feira, março 04, 2011

Vai para a puta que te pariu


Tenho o coração a dilacerar.
Não. A dilacerar, não!
A Sangrar. A pungir.
Tanto.
Que dava para alimentar o hospital de uma qualquer metrópole mundial.
Mas eu?
EU.
Quero mais.
Muito mais.
No passado? Ahhh no passado foram infâncias de hipatites.
Estou portanto, proibida. De dar este sangue.
Assim. De mão beijada.
Gosto de colunas direitas. Sem carregar a mochila dos outros.
É que para ‘passados’. Basta o meu.
E esse… bem, esse faz por estes dias um ano que o deitei ao Mar.
Não sou médica, nem enfermeira e muito menos psicóloga.
Desses quero distância.
Tenho uma patologia. A diferença. O desassossego.
O amar livremente o que eu quero.
E amar bem. E por inteiro.
Porque quando se sangra. Sangra-se assim.
De gotas inteiras. E sei lá eu se é O+ ou O-.
Sei que é vermelho. Lato. Espesso. Puro. Duro.
Dói, não dói?
Carrega tu agora a corcunda.
Que está na minha hora de voar.
Descalçar-me. Parir-me. [Des]nudar-me.


P.S.: E já agora, e aproveitando o embalamento da coisa… Vai para a puta que te pariu.