terça-feira, novembro 17, 2015

É isto que eles querem. O medo. A opressão. Eles vivem do nosso medo. Alimentam-se do nosso medo. Não querem a liberdade. Não querem a vida. Não querem sorrisos. Não querem nada. E querem tudo. Eu sei lá o que eles querem.
O que eu gostava sei eu. Gostava que inocentes não morressem. Que as crianças tivessem direito aos pais. E que os pais tivessem direito aos filhos. Gostava tanto disso, disso e de sorrisos, e de coração e de alma. De almas bonitas. O que eu gostava disso. 
Para todos os seres humanos, de todas as nacionalidades que ficaram órfãos de coração, o meu abraço. A minha oração.
Esta realidade que todos pintam de azul, branco e vermelho. Não são apenas essas cores. Não é apenas desta sexta-feira treze. É de décadas. É de milhares e milhares de vítimas por todo o mundo. De todas as raças, de todas as cores.
Não é só o Ocidente. Não é só o Oriente. Somos nós todos.
Eu não sei onde esta guerra vai parar. Não sei mesmo.
As crianças do oriente não são menos crianças. E não vejo ninguém com as cores da Síria por essas crianças.
Doí-me a Alma. Deste tempo. Deste século. Desta guerra.
Em tempos vi crianças a morrerem à minha frente. Também foi com tiros. Também foi numa guerra. Que não era a minha. Que não era a delas. Que não era a nossa.
Passou cinco minutos no telejornal. Nenhum edifício ficou com as suas cores, com os seus sonhos, com o seu olhar.
Em 2014 foram registrados 13.463 ataques em 95 países - um aumento de mais um terço em relação aos 9.700 ataques registrados no ano anterior.
Boa noite.