terça-feira, dezembro 23, 2014


Um dia deitei-me num caixão.
E por lá estive.
Anos.
E nem terra por cima tinha.
E agora. Hoje. Na vertical.
Continuas a velar um corpo.
Com terra. Não o meu. O. Teu.
Não rezes. Deixei de ser católica.
Tenho noção do teu inferno.
Pensei eu que não merecia o céu.
Um dia. Deitei-me. Não foi contigo.
E foi tão bom.

quarta-feira, dezembro 10, 2014

Pensar. É uma espécie de preconceito.
Pensar. Com a própria cabeça, acrescente-se.

Já. Amar. É uma espécie de raridade.
Amar. Com o coração todo, valorize-se.

quarta-feira, dezembro 03, 2014

domingo, novembro 16, 2014

domingo, novembro 02, 2014

Já soube…” É que se fosse ao contrário, se de repente o emissor fosse o receptor, talvez não houvesse esta néscia e quixotesca teima de ouvirmos um… “Eu avisei-te…” […] Há realmente muita merda que me irrita, e esta maleita de catalogarem as coisas do miocárdio com últimos volumes, logo atrás da enciclopédia do raciocínio, é uma delas. Fosse assim, não teria havido a caverna. E Platão não teria sombras. As realidades não são assim. Nem assado. As realidades são o que são. E valem o que valem. E até podem não valer nada. uiii Já soube. Eu bem te avisei. O que entendo eu disto? Nada. Por isso é que não tenho enciclopédias.

quinta-feira, outubro 30, 2014

Hoje vi-te na rua.
Pisquei-te o olho.
Tu de soslaio perguntaste: Porque me piscas o olho mulher.
E eu pisquei outra vez.
Tu. |sociedade serena|. Que nada vês. Que nada escutas.
Ouve o meu piscar de olho.
E vê bem o que te digo: Vai-te Foder.

domingo, outubro 19, 2014

segunda-feira, maio 12, 2014


Ao longo da vida fui aconselhada a não fazer nada do que fiz até agora.

O que não deixa de ser engraçado. Porque o que sou hoje, gosto.

E esses sujeitos, não mudaram. E não gostam.

quinta-feira, abril 24, 2014

Ás vezes perguntam-me
como é que tenho tempo para tanta coisa.

Ao que eu respondo:
É fácil teres tempo para a tua vida.
Basta não perderes tempo com a vida dos outros.

quinta-feira, abril 17, 2014


Revolta-te

Revolta-te pelos ‘nãos’ que não disseste.

E pelos ‘sins’ que bocejaste.

Revolta a tua preguiça. O teu assim-assim.

Manda o ‘assim-assim’  bardamija.

Revolta o teu medo. A tua indeterminação.

Manda a tua hesitação ir dar uma grande volta ao bilhar grande.

Manda-para  p*ta que a pariu. Que cá merdas da hesitação está o mundo apinhado.

Revolta-te. Mas revolta-te à séria.

Que brincadeirinhas da treta não entram na Revolta.

Revolta-te à grande e à Portuguesa. Como naquele  25 do mês de Abril.

Revolta-te à séria. Sem adornos. Efeitos. Revolta-te a nu.

Porque só a nu vence a Revolta.

Eu cá gosto tanto de revoltar-me.

Bardamija ao ‘assim-assim’.

Revolto-me. E. Gosto.

 

segunda-feira, abril 14, 2014

terça-feira, abril 01, 2014

Existem gentes.
Existem pessoas.
E depois existem os seres humanos. Aqueles.
Aqueles que por onde passam deixam marca. Daquela marca tão boa...
De vida.
Da verdadeira vida.
A Sá é assim.
Recuso-me a sentir no passado.
Tu és assim. Um ser humano tão bonito.
Vais deixar tantas tantas saudades.
Quero deixar a tua marca no pernas, foste das primeiras leitoras.
És das primeiras leitoras.
Tento tanto orgulho em ti.
Já tenho tantas saudades....

Até logo.
Amanhã vai até ao oceano.... deixo-te lá uns malmequeres.
Daqueles parecidos com os da nossa serra.

Até logo.

sexta-feira, março 21, 2014

domingo, março 09, 2014


Despe-te perante ti mesmo. De tudo. De passados. De presentes. De futuros. De pessoas. De lugares. De tudo. E só quando conseguires fazer isso, aí sim. Quando deres por ti, estás a ir na rua e a sorrir para ti mesmo, sem razão nenhuma e a dizeres... foda-se ... sou um ser humano do caralho. E para isso só é preciso uma coisa, não teres medo de ti, do que vais ver depois de te despires até ao âmago. Tens tomates para isso?

terça-feira, fevereiro 18, 2014

Se te disserem que a tua vontade é insana.
Sorri. É sinal que tens tomates. Só os loucos os têm.

sexta-feira, fevereiro 14, 2014

Nobel? Nobel é a distração!


Conta a lenda que num certo dia um bacano matemático apaixonou-se pela mulher do Alfred.

Passados uns anos, o Alfred que se dizia de Nobel, inventou uns prémios. Mas como ainda sentia os cornos na testa, resolveu não atribuir à matemática, nenhum dos prémios.

À ‘pála’ disso decretou-se que nenhum matemático podia-se apaixonar. Salvo uma rara excepção, quando estivesse distraído.

Distrai-te!

terça-feira, janeiro 28, 2014

Sinal Vermelho


Há quem passe uma vida inteira a passar sinais verdes.
Que maçada, que aborrecimento.
Uma vidinha de sinais verdes deve ser uma chatice. Uma treta, portanto.
Isto é como tudo. Há quem tenha tomates. E há quem não tenha.
Passar um sinal vermelho. Sem saber o que está do outro lado. Como senão houvesse amanhã. Há lá sinal verde que faça a vida orgástica?
Não me parece.

segunda-feira, janeiro 20, 2014

Ménière.. Oh Ménière.

O Síndrome de Ménière não tem cura. Há que aprender a viver com ele, há dias melhores, dias menos melhores. Ontem fui um desses dias… daqueles em que só apetece desligar a tomada. Ontem o Ménière ia vencendo, porque há dias em que simplesmente estamos tão cansados dele que só apetece baixar os braços. São muitas as pessoas que não sabem, nem entendem o quanto é difícil esta doença, e ta...mbém são muitas as pessoas que perdem a paciência connosco. O que é compreensível, se nós próprios perdemos tantas vezes a paciência com este não convidado. Foi num dia como ontem que tive a ideia de juntar meia dúzia de pessoas que sofrem deste Síndrome, na altura pareceu-me descabido, mas depois do dia de ontem quero realmente fazer isso. Juntar meia dúzia de pessoas que sofrem do Ménière, para fazermos uma curta-metragem com a ardósia, de sensibilização à comunidade/sociedade de um modo positivo. Se és da zona de Lisboa e conheces alguém que sofra de Ménière e queira participar nesta curta-metragem, indica-lhe deste projecto. Pequenos gestos, podem fazer toda a diferença. Muito obrigada.

Abraço daqui de mim, Estranha Pessoa Esta.

No último domingo saiu à rua a IV curta-metragem Numa Rua. Aqui--> http://www.youtube.com/watch?v=ljWjjES465Q&feature=youtu.be