terça-feira, dezembro 23, 2014


Um dia deitei-me num caixão.
E por lá estive.
Anos.
E nem terra por cima tinha.
E agora. Hoje. Na vertical.
Continuas a velar um corpo.
Com terra. Não o meu. O. Teu.
Não rezes. Deixei de ser católica.
Tenho noção do teu inferno.
Pensei eu que não merecia o céu.
Um dia. Deitei-me. Não foi contigo.
E foi tão bom.

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