terça-feira, fevereiro 27, 2007

A propósito da bela silhueta do 'faz de conta'


Pssstttttttt
Sim, Tu!
Psssttttt Psstttttttt
Estás na Fila da Hesitação?
Qual foi a senha que tiraste?
A do Medo?
Ou a da Raiva?


Pretendes esperar muito mais tempo?

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Casca de Laranja

Existe uma multidão a pensar de olhos abertos.
Centenas de milhares de cérebros que insistem em pensar de olhos encetados, como se a retina fosse uma alavanca para a grande maratona dos neurónios.
Convenhamos que os melhores pensamentos são de olhos fechados, aqueles em que as pestanas superiores e inferiores se enlameiam num salgado doce.
Dizem que é por medo do ridículo.
Não creio que assim seja.
Sinto que tendem a pensar de olhos abertos porque é muito mais conveniente pensar apenas no que se vê.
Dá menos trabalho, e afinal de contas só se vê a laranja… para quê pensar no sumo dela?
Existe uma multidão a pensar de olhos abertos.
Centenas de milhares de cérebros que insistem em pensar de olhos encetados, como se o miocárdio perdesse pulsações por sentir demasiadas emoções.
Eu faço de conta que não me importo por pensarem em mim de olhos abertos.
Mas, no fundo…
Tenho pena de me verem apenas como uma casca de laranja!
Não que eu tenha muito sumo…
Mas, ando tão cansada de…. Sentir os outros de olhos fechados!
Existe uma multidão a pensar de olhos abertos.
Centenas de milhares de cérebros que insistem em pensar de olhos encetados, como se um simples comover afectasse a sua bela silhueta do ‘faz de conta’.


sábado, fevereiro 24, 2007

Julgamento Assumido


Hoje ouvi isto num filme:
“Não sou um Zé ninguém.
Eu tenho um Plano.”

Pois meus caros amigos, conhecidos e derivados:
EU assumo!
Eu sou uma Maria ninguém!
EU não tenho um plano.

Condenem-me se conseguirem.
Eu cá já li a minha Pena.
Escrita pela minha própria Sentença.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Lost Memory

Estou demasiadamente triste para escrever...
Para transmitir seja o que for.
Este [e o outro] blog encontrasse desocupado por tempo indeterminado.
Obrigado a todos os desassossegados que esperam por mim...
Não sei quem são, nem sei se existem... mas, obrigado.
Daqui, bem daqui de mim!

Gosto de vocês...


quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Momento Altamente e Estupidamente Parvo patrocinado pela já ressaca de publicidade do dia de S. Valentim

E pronto!
Eu não queria mas, viro-me para os estaminés do costume e tau.
Viro-me para os anúncios, e são só telemóveis a pares, relógios a pares,
talheres a pares!
Na rua é só montras do orgão cardíaco em todo o lado.
Na rádio é só sonoro a puxar para pronto já sabem.
Na Web então... esqueçam lá isso, é um batimento cardíaco que nunca mais acaba.
Mesmo que uma pessoa não queira colocar aqui no estaminé nada alusivo ao tema..
É quase que obrigada! :P
Que se pode dizer sobre esse assunto, que já não tivesse sido dito?
Pois, assim de repente não estou a ver...
O que eu estou a ver, é que cada vez mais banalizam esse, e outros sentimentos!
E bla bla bla que ai a minha cara metade é isto e assado e frito e cozido.
É pah é que não há pachorra!
E o que eu tenho com isso?
A cara metade é tua!
Eu cá já tenho a minha! Graças a Deus que acordo todos os dias com a cara inteira..
É que era uma chatice se perdesse assim metade da cara sabesse lá por onde...
Partiam-me metade dos dentes, furavam-me a orelha, davam-me um biqueiro na outra narina.
Uma pessoa sabe lá...Tanto vandalismo por aí! :P
E que esse sentimento seja isso mesmo:
Vandalismo
Incoerência
Devanio
Confusão
Perdição
Que seja expressão de qualquer coisa
Mas, que seja!
Não desfazendo nunca a imaginação.
Nem tão pouco a sensação
daquele embaraço.
Embaracem-se muito neste e nos outros dias!
Ao contrário do que dizem... Tenho para mim que as pessoas apaixonam-se por acaso.
Basta estarem distraídas!
Ás vezes existem é problemas de expressão...
Um bom dia de ACASO para todos!
Sejam distraídos... apaixonem-se!



Para quem ainda não comprou o belo do presente, aqui vai uma dica:


Este pequeno livro surgiu de um desafio que a Editora Anjo Dourado fez aos autores de blogues, para deixarem um texto que respondesse a esta pergunta: “Que é o amor?”.

P.S.:

Se por lá encontrarem umas linhas estranhas a descreverem o amor como sendo um pomar já sabem que sou eu ehehhe :P

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Assumidamente Anormal Chiça Penico

Os livros de instruções sempre me fizeram náuseas.
Como diria a outra:
"Um verdadeiro aborrecimento... uma maçada!"
E que coisa esta, de insistir em ter livros de instruções,
de me impingir instruções.
Meus amigos, se eu quisesse instruções,
eu pedia!
Agora não me obriguem a decifrar o vosso livro.
Que façam vocês as vossas páginas, capa e contracapa.
Se mo querem dar a conhecer, maravilha!
Agora, eu ler por vocês...
E não me venham com o ah e tal que isso das
instruções que é normal!
Eu cá gosto é do anormal!
Até que a morte nos separe.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Sombras II

Sombras I Aqui


Neste dia ele saiu mais cedo.
Era Inverno, daqueles Invernos secos e húmidos, suaves e gelados...
Daqueles frios que arregaçam as veias até ao tutano,
ao ponto da 'medula do ser' ficar completamente tripartida em manhãs, tardes e noites.
Corria calçada abaixo, não porque estivesse atrasado mas,
porque tinha medo que o 'Medo' aparecesse.
Ele costumava aparecer assim naquelas tardes frias.
Ainda ecoava naquelas paredes aquele último bater de asas que se queria arrojado,
coabitava naquela rua um grito nunca dado.
E ele corria
corria corria
Hoje ele queria escrever tudo.
Dantes só escrevia o que podia.
Hoje queria escrever tudo o que podia e queria!
E corria antes que o tal bater de asas se ausentasse.
E pegou no pequeno lápis, o tal que estava sempre no alpendre da mercearia.
E sem estremecer, escreveu.
Escreveu:
"Se num qualquer anoitecer me vires de chapéu de chuva, e não estiver a chover..
É porque me esqueci de mim e estou a lembrar-me de ti."
E tirou o único atacador que tinha.
Pegou no pequeno papel e no pombo de nome Medo, atou no tornozelo do 'Medo' o manuscrito.
Atou.
E soltou.





Não chovia.
E ele tinha o chapéu de chuva.

Viste?



"Que importa se viste,
devolveste o que tinha escrito."
Escreveu ele no degrau do prédio de porta entreaberta.

sábado, fevereiro 10, 2007

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Sem Muralhas , Cem Batotas versus S[C]em distracção, Com Atitude

Fizeste o Rei avançar na diagonal
Enquanto tinhas o Bispo que o poderia fazer
Fizeste o Peão avançar quatro casas
Enquanto tinhas o Cavalo que o poderia fazer
Fizeste a Rainha ficar sem muralhas
Esqueces que o Rei só pode avançar uma casa de cada vez
E que a acomodação
Tal como a distracção
É a morte do artista
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Xeque Mate

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Desabafo na primeira pessoa


Tenho saudades de mim
De conseguir estar sozinha comigo
De isso não me perturbar os sentidos
De isso não questionar o que sou
Tenho saudades de pensar
Dantes tinha saudades de sentir
E agora que sinto
Já não quero lembrar esse sentir
Nem lembrar
Nem relembrar
Nem o próprio 'nem' do delirar
Não é mágoa
É um estar perdida
É um saber onde é o caminho
A meta
O transporte
Mas, o transporte está cheio
Atulhado
Ou por outra, vazio
Mas, não sou passageira para sequer poder entrar
[Espera na passagem]
Estou lá há demasiado tempo
'
'
'
'
'
Caí

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Teria, sim


Se bem repararem
Nada tem de perturbação
Teria, sim
Mas, agimos como se púdessemos
Pedir uma qualquer indemnização
Ao Presente
Pelo Futuro que ainda não temos
E aos segundos
Quando este relógio
Nem sequer esse ponteiro tem.
Se bem repararem
Nada tem de perturbação
De artístico
Teria, sim
Se não fosse este incomodo
Esta indiferença
Este encolher
Este guardar de Tempo
Como se o Tempo coubesse no bolso
E os sentires numa qualquer maleta.
Se bem repararem
Nada tem de perturbação
De distracção
Teria, sim
Se não morasse algures
A consciência
Desse mesmo perturbar
Se bem repararem
Tudo tem de perturbação
Qualquer que seja
A ausência
De uma insana
Emoção.
Isto é... se bem repararem!

domingo, fevereiro 04, 2007

adeus

Que não saibas que estive na estação
À espera de todos os comboios
Por aquela linha
Que não saibas que te disse que estava lá
Permanentemente
Sem medir o Tempo
Que não saibas que esperei sozinha
Que não saibas isso
Nem tão pouco da intensidade dessa espera
Nem do espanto de esperar, ainda
Mesmo que esse ainda já não seja
Insanamente já não seja
Espanto
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Adeus

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Surdina

Não é segredo para os outros.
Não é segredo para mim.
Porque insistes em ser um segredo para ti?
- Dizia ele em surdina.
Não é segredo para mim.
Não é segredo para os outros.
Porque insistes em ser um segredo para ti?
- Respondeu ela num sussurrar.


quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Traje versus Pele , Pensar versus Sentir

O que eu penso é um traje
Um traje de tecido roto
E dizem para o tirar
Que tal fardamenta já não se usa
E que ainda para mais
Está roto
Roto
O que eu penso é um traje
Não está na moda
Na voga como falam na capital
Este traje já me deixa nua
Este estranho modo de pensar
Deixa-me assim
Desnuda
Desconcertada
E o meu pensar que deveria proteger-me
Já não protege
Este traje já deixa entrar o frio
Estranho modo este que senti de repente
Senti frio
Senti que sempre foi frio
Este traje
Frio
Os trajes que se vêm nas vitrinas
São de algodão e ceda
Dão um cómodo vestir
Assentam nos demais
Os trajes que se vêm nas vitrinas
Ahhh traje esse que não me serve
Queria eu que ele servisse
Queria eu olhar sequer a montra
Apesar de me convencerem
Não me servem
Este modo de pensar nasceu roto
Nu
Posso até o despir
O pensar
Posso
Sim
Posso
Porque este traje
Não tem cinto
Mas, e o que sinto?
O sentir
Que traje é esse?
Não é!
É pele
Pele
E sua
Sua
É pele
PELE