quarta-feira, novembro 23, 2016

Humidade.
Está húmido.
Húmido.  HÚMIDO.
Daquela humidade que entranha.
Infiltra. Arreiga.
A pele.  Cútis. Tez.
Assim. De espantos. Paralelos.
Infinitos. Ah o infinito. Esse se falasse.
O infinito.
Oito deitado de espasmos horizontais.
Verticais que se tocam. Focam. Fodem.  Se.
É. São.
E tornam-se a tocar. Faz eco. Daquele do bom.
Xiu. Silêncio.
Que se vai tocar o prazer.
Mordente. Húmido.  Intuitivo.

Relaxa. Está húmido.

terça-feira, novembro 08, 2016

Trinca

A vida é para ser sentida num segundo, num aroma, num gesto, num silêncio, num olhar. 
“Amanhã vejo isso.” Mas, qual amanhã? Como se o ser humano tivesse a capacidade de reunir todas as condições necessárias para que no tal amanhã, se consiga sentir as coisas da mesma maneira. A vida não são dois dias. Nem três. Nem quatro. E muito menos, cinco dias e meio.
A vida é para ser sentida num soluço. Ou será. Num impulso? Impulsos de gemidos, odores, ardores. Trinca-se a maçã na dança dos preliminares. Impulsos. Numa página em branco sobre um pincel vermelho. A sentir o denso suco a circular nas veias. É tinta a escorrer. Pelo soalho abaixo.
Magia do clímax, aquele em que sentimos que a vida é desejo. Uma vez. E duas. E três. E seis e nove. E, as vezes que fossem necessárias. Espreguiçar ao comprido sobre a satisfação.
É escrita na tela em branco. Enlaçaram-se.
São impulsos. Estes. Assim.
É como comer uma maçã: Nunca ouvi ninguém dizer: "Amanhã acabo de comer isto"
Come hoje. Porra. Agora. Arreganha-te. Pelo soalho abaixo, a tela ali. Em branco. Aniquila. O pecado.
Encanta-te nas tuas veias. Repousa com sofreguidão nas entranhas. Bate. Come. Transpira. Desfalece. Renova-te. Inventa-te. Não contenhas nada.
Desfalece antes a vergonha. Tira a casca. Mas tira-a toda.
Trinca a maçã. Mas trinca por inteiro. Até ao caroço. Esse. Trinca-o também. Bate. Transpira. Desfalece. Renova. Inventa. Mas Trinca. A bom trincar.
Onde pára o teu respirar?
Na trinca?
Ou na maçã?
Encanta-te!

Trinca

A vida é para ser sentida num segundo, num aroma, num gesto, num silêncio, num olhar. 
“Amanhã vejo isso.” Mas, qual amanhã? Como se o ser humano tivesse a capacidade de reunir todas as condições necessárias para que no tal amanhã, se consiga sentir as coisas da mesma maneira. A vida não são dois dias. Nem três. Nem quatro. E muito menos, cinco dias e meio.
A vida é para ser sentida num soluço. Ou será. Num impulso? Impulsos de gemidos, odores, ardores. Trinca-se a maçã na dança dos preliminares. Impulsos. Numa página em branco sobre um pincel vermelho. A sentir o denso suco a circular nas veias. É tinta a escorrer. Pelo soalho abaixo.
Magia do clímax, aquele em que sentimos que a vida é desejo. Uma vez. E duas. E três. E seis e nove. E, as vezes que fossem necessárias. Espreguiçar ao comprido sobre a satisfação.
É escrita na tela em branco. Enlaçaram-se.
São impulsos. Estes. Assim.
É como comer uma maçã: Nunca ouvi ninguém dizer: "Amanhã acabo de comer isto"
Come hoje. Porra. Agora. Arreganha-te. Pelo soalho abaixo, a tela ali. Em branco. Aniquila. O pecado.
Encanta-te nas tuas veias. Repousa com sofreguidão nas entranhas. Bate. Come. Transpira. Desfalece. Renova-te. Inventa-te. Não contenhas nada.
Desfalece antes a vergonha. Tira a casca. Mas tira-a toda.
Trinca a maçã. Mas trinca por inteiro. Até ao caroço. Esse. Trinca-o também. Bate. Transpira. Desfalece. Renova. Inventa. Mas Trinca. A bom trincar.
Onde pára o teu respirar?
Na trinca?
Ou na maçã?
Encanta-te!