domingo, setembro 14, 2008

Pausa. No. Meu. Silêncio.

Todo o ser humano procura a magnânima das sensações.
Aquela única.
Que se define com asma.
Com uma leve sensação de falta de ar.
Com aquele entendimento absoluto.
Máximo.
Enriquecedor.
Verdadeiramente amarfanhado.
Como se de Inverno se tratasse.
Em que estamos pura e simplesmente entre lençóis de joelhos na barriga.
E a chuva no vidro.
E o vento no tapete.
Puxa a uma certa concentração prolongada.
A um deixa ficar que não consigo respirar.
É abandono.
Com uma certa gentileza.
Manobra os sentidos, sem discursos.
Explora o que demais nós temos.
Estabelece uma conexão quase que absoluta entre o que queremos, e o que temos.
Identifica-nos.
Estabelece-nos.
Movimenta-nos.
Acumula a actividade.
A tensão.
A manobra quase exaustiva dos pulmões.
Separa o verdadeiro da ilusão.
Transporta uma espécie de qualquer coisa olfactiva.
Cheira a quente, a frio.
Nunca a morno.
Porque isto do que falo é definido.
È quente ou frio.
Não há meios termos.
Ocupa em mim códigos.
Que nunca foram desvendados.
Alfabetos com letras indefinidas.
Vibrações sem fórmulas correntes.
Isto não são ‘entretantos’.
Coisas parciais.
De passar o tempo.
De dúvidas.
Ramificações.
É muito para além disso, que nem sequer passou por isso.
Nem sequer falo de citações preconcebidas.
De coisas sentidas por outrem.
Sei que não me faço entender.
Bastava-me um: Sei que me faço sentir.

13 comentários:

Freyja disse...

Caríssima,

De todo deste lado fez eco.

Reflecti-me “nos joelhos na barriga (…), no quente e no frio, nunca o morno”, na inteligibilidade é muito para além disso….
Implosão com pequenos fragmentos espalhados para fora do ser.
Obrigada!
Melhores cumprimentos,

Mαğΐα disse...

Sinto (te)

Mαğΐα disse...

.

Mαğΐα disse...

(...)


"Porque eu estou que não me entendo"

(...)

Shelyak disse...

depois de te ler lembrei-me que, experimentar todas essas sensações já as senti ao passar por uma relação bem forte mas bem conturbada...
Um beijo

Anónimo disse...

nha perninhas ca sodades.
tou parmim ca tás munte anrebitada ca gosto de verte acim né?
muntes abracinhes

Thiago Forrest Gump disse...

Fiquei tonto!

Thiago Forrest Gump disse...

Amarfanhado.

Magnânima.


Duas palavras que gostei de conhecer.

Luis Eme disse...

conexões, tensões, pulmões, ilusões, ramificações, provocações...

enfim, um mar de sensações...

lampâda mervelha disse...

É um não-sei-quê que ao invés de me saber exprimir, teima e quedar-se por entre as veias, e que me dói nem sei bem como, onde, e porquê. Mas sei que aquilo não é um nervoso, nem meio desejo, muito menos uma palpitação. Sou eu, sou eu que me mexo dentro do próprio corpo. E o que sou, transpiro, expiro.

Oh como tento fazê-lo. Nem sei se bem... nem sei se mal.



Ler-te gera qualquer coisa. :)

Anónimo disse...

atão qué do cansemire? olhá concurrênça.....
muntes abracinhes dagente

folhaselvagem disse...

há longos longos meses que passo sempre por aqui. irresistível. eriça o pêlo....
abri a minha porta.
ficas convidada a entrar.
sente-te bem

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

YOU ARE FUCKING BACK!!!!
GOD DAMNE!!!!


:)

Vê lá se fazes mais pausas, ouviste?

Beijos com Barulhuuuuuuuuuuuu