Hoje lembrei-me do deserto turco. Porque ontem foi daqueles dias que apetece mandar tudo para a p*ta que pariu, pegar na mochila, ir até a um qualquer porto ou aeroporto e meter-me na real. Na real alheta. Que porra de saudades tenho eu disso. Chega a doer cada entranha de cada ossinho do meu organismo.
Porque às vezes uma pessoa tem que fazer esse exercício. Ir buscar lá ao fundo da memória bon...
Porque às vezes uma pessoa tem que fazer esse exercício. Ir buscar lá ao fundo da memória bon...
s lugares, bons cheiros, bons sabores, boas vivências para seguir em frente. E hoje em particular, o que fui buscar…. foi o deserto.
Aquela imensidão de nada do lado esquerdo, e aquelas montanhas cheias de neve , naquelas cumes que tocavam o céu. E depois… bem depois é aquele entardecer de cores ora mansas ora a transbordar de laranjas, amarelos, roxos azulados que passavam pelo deserto a fora e só paravam na neve. E era Páscoa. Num domingo. Daquele da ressurreição. Metáforas interessantes que a vida nos dá, portanto.
No meio da estrada que atravessa esse deserto, estava lá um dia… um puto franzino, de cabelos negros e olhos colossais, a vender iogurte de sementes de papoila. Há coisas estupendas na vida. E comer iogurte de papoila no meio de um deserto é sem dúvida uma delas. Isso e comer tremoços na tasca do Ti Alberto da Ajuda, daqueles mesmo cheios de sal que faz um qualquer tec tec na ponta da língua.
E a vida tem que ser mesmo isto. Tec’s tec’s . Saborear cada iogurte de papoila, cada deserto, cada entardecer… e no meio disto tudo colocar na ponta da língua cada sal e pimenta ao exagero. Daquelas malaguetas bem picantes. Que até fazem saltar a retina. Porque cá de merdas insonsas já nos basta tanta e tanta coisa. E se os outros querem ser insonsos, desistentes. Que sejam. Quero lá eu saber. A escolha, é deles. A minha é seguir. Saborear. E siga. Siga. Siga. Sigaaaaa. A uivar. O risco. Porque sem risco, não há bom tempero. E sem bom tempero a comida fica a modos que mal amanhada. Como diriam lá na ilha: Áquela não sejas discreta e segue a canada. A tua canada.
E se passares por mim. Dá-me a mão. E. Traz sal. E piri-piri. Que do iogurte trato eu.
Aquela imensidão de nada do lado esquerdo, e aquelas montanhas cheias de neve , naquelas cumes que tocavam o céu. E depois… bem depois é aquele entardecer de cores ora mansas ora a transbordar de laranjas, amarelos, roxos azulados que passavam pelo deserto a fora e só paravam na neve. E era Páscoa. Num domingo. Daquele da ressurreição. Metáforas interessantes que a vida nos dá, portanto.
No meio da estrada que atravessa esse deserto, estava lá um dia… um puto franzino, de cabelos negros e olhos colossais, a vender iogurte de sementes de papoila. Há coisas estupendas na vida. E comer iogurte de papoila no meio de um deserto é sem dúvida uma delas. Isso e comer tremoços na tasca do Ti Alberto da Ajuda, daqueles mesmo cheios de sal que faz um qualquer tec tec na ponta da língua.
E a vida tem que ser mesmo isto. Tec’s tec’s . Saborear cada iogurte de papoila, cada deserto, cada entardecer… e no meio disto tudo colocar na ponta da língua cada sal e pimenta ao exagero. Daquelas malaguetas bem picantes. Que até fazem saltar a retina. Porque cá de merdas insonsas já nos basta tanta e tanta coisa. E se os outros querem ser insonsos, desistentes. Que sejam. Quero lá eu saber. A escolha, é deles. A minha é seguir. Saborear. E siga. Siga. Siga. Sigaaaaa. A uivar. O risco. Porque sem risco, não há bom tempero. E sem bom tempero a comida fica a modos que mal amanhada. Como diriam lá na ilha: Áquela não sejas discreta e segue a canada. A tua canada.
E se passares por mim. Dá-me a mão. E. Traz sal. E piri-piri. Que do iogurte trato eu.
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