
Se eu pudesse um dia chorar todas as mágoas que eu sinto.
E habitar em mim, um qualquer universo ainda por descobrir.
Ai se eu pudesse num dia, mover a madrugada em ternura.
E aí espantar, qualquer vestígio de medos e melancolias.
E escutar baixinho, mas mesmo muito baixinho, o teu ressonar.
E aquele bater de dentes que tu dizes que existe,
E habitar em mim, um qualquer universo ainda por descobrir.
Ai se eu pudesse num dia, mover a madrugada em ternura.
E aí espantar, qualquer vestígio de medos e melancolias.
E escutar baixinho, mas mesmo muito baixinho, o teu ressonar.
E aquele bater de dentes que tu dizes que existe,
entre o dormir e o adormecer.
Destacaria qualquer passo.
Qualquer olhar. Gesto. Semblante. Quadro.
Tela. Pincel. Sensualidade.
E arrancava tudo.
Sem hesitações. Dúvidas.
E o mais agradável de tudo isto.
Era eu sentir-me moribunda.
De mim mesma.
Ao sentir uma qualquer esmola tua.
Como se de um tesouro se tratasse.
Se eu pudesse um dia chorar, todas as indiferenças que sinto.
Criaria o Atlântico.
Destacaria qualquer passo.
Qualquer olhar. Gesto. Semblante. Quadro.
Tela. Pincel. Sensualidade.
E arrancava tudo.
Sem hesitações. Dúvidas.
E o mais agradável de tudo isto.
Era eu sentir-me moribunda.
De mim mesma.
Ao sentir uma qualquer esmola tua.
Como se de um tesouro se tratasse.
Se eu pudesse um dia chorar, todas as indiferenças que sinto.
Criaria o Atlântico.
E detinha todas as palavras do dicionário lusófono, como minhas.
Mas, sou pobre. Inculta. E incapaz de suster em mim.
A ausência do teu espanto.
Mas, sou pobre. Inculta. E incapaz de suster em mim.
A ausência do teu espanto.