quinta-feira, abril 20, 2006

Carrossel



Hoje falou-se de infância... de sonhos de infância, daqueles sonhos puros.
Puros.
Apenas porque não existiam isso mesmo... os porquês...
Não se questionavam.
Sonhava-se e isso bastava.
Bastava!

Daqueles sonhos que faziam realmente sorrir.
E que com muita imaginação e boa vontade ainda nos fazem sorrir...
Daqueles sorrisos verdadeiros que surgiam de uma simples volta no carrocel.
De uma simples visão do desenho animado preferido.
Até os olhos se riem.

E agora?
Riem?
Qual o diagnóstico do nosso olhar?
Será que ainda nos comovemos com o orvalho?
Ou será que todo o nosso olhar é.... nevoeiro?
Tal o nevoeiro, que nos ofusca o verdadeiramente importante: as sensações.

E aquelas voltas no carrossel?
Parecia que todo o mundo girava.
E girava!
Bastava imaginação.
E era o vento.
E era a velocidade que parecia estonteante.
E era tudo.
Os cavalos a trote...A música só para nós.

Era o mundo ali.
No carrossel.
E tudo parecia nosso.
Porquê?
Porque sentíamos.
E isso bastava.

Hoje já não basta...
Pesa-nos a razão.

Ou será.... o coração?

Sem comentários: