
Há gestos meticulosos.
Que de tão minuciosos parecem obsessivos.
Como que um registar de momento.
Único.
Mas que de tão bonito, trememos a mão.
E o clicar sai assim, tremido.
Vacilado. Oscilado.
Como se o nosso tremer não fosse certo.
Como se o momento não fosse bonito.
Como se o próprio registo não ficasse exposto.
Fecho a cara e sinto.
Atenta.
De olhos fechados.
Porque há gestos que só são sentidos de olhos fechados.
Porque abertos parecem outra coisa.
Que talvez seja por não ser território.
De chegadas. Partidas. Caminhos.
Medos.
E. Credos.
Sobretudo credos.
Sem coros, harpas, flautas.
Violas e guitarras.
E lá fora o deserto.
Árido. Seco. Estéril.
De olhos abertos.
Repararam?
Tentem fechar os olhos.
Assim. Devagar.
Agora. Tremam.
…
Ando com frio.
Que de tão minuciosos parecem obsessivos.
Como que um registar de momento.
Único.
Mas que de tão bonito, trememos a mão.
E o clicar sai assim, tremido.
Vacilado. Oscilado.
Como se o nosso tremer não fosse certo.
Como se o momento não fosse bonito.
Como se o próprio registo não ficasse exposto.
Fecho a cara e sinto.
Atenta.
De olhos fechados.
Porque há gestos que só são sentidos de olhos fechados.
Porque abertos parecem outra coisa.
Que talvez seja por não ser território.
De chegadas. Partidas. Caminhos.
Medos.
E. Credos.
Sobretudo credos.
Sem coros, harpas, flautas.
Violas e guitarras.
E lá fora o deserto.
Árido. Seco. Estéril.
De olhos abertos.
Repararam?
Tentem fechar os olhos.
Assim. Devagar.
Agora. Tremam.
…
Ando com frio.
E entre as pestanas.
O. Medo.