A propósito disto, e de um dos temas ter sido 'Movimentos Perpétuos' ... saiu isto, no chão da Praça da Figueira.
Momentos singulares.
Ela entrou em palco.
Ele timidamente esperava-a, ao canto das escadas.
Pé ante pé.
Cada degrau um tom.
Ora agudo. Ora grave.
E ele sorria com as palmas da mão
E lá vinha ela.
De saia rodada.
Encarnada.
E ele no fundo.
Era o rosto do confronto.
Das emoções.
Dos tons esverdeados daquela incerteza.
E o canto do palco ficou sozinho.
Percorreu cada tábua.
Ouviu-se o ranger da madeira.
E ela nos degraus.
Ora agudo. Ora grave.
O palco só tinha uma parede.
De uma tonalidade meia com tudo.
Não era amarelo, nem laranja.
Era de um certo tom esverdeado.
Sabem aquele verde de início de Verão?
A cor de que falo era assim.
Não sei se chegaram a dançar juntos.
Fecharam a cortina antes do final.
O palco era aberto.
No meio do Largo Camões.
Com Pessoa na Brasileira.
E o Adamastor a cheirar a Paixão.
Não era Tango.
Mas, bem que podia ter sido.
Dançamos?
7 comentários:
Hmmm... descrito dessa forma... quem pode recusar um convite para uma dança... tango ou outra qualquer???
Dançaram?????????????????
^^
Eu danço já...
Em primeiro lugar acho mal!
Em segundo lugar não acho estranho porque este é o estaminé da Estranheza!
Em terceiro lugar vai ao quarto lugar!
Em quarto lugar gostava do post que desapareceu. Tinha um "quê" de "porque" e também um "tanto" de "muito".
Por isso tenho a dizer que:
e mais não digo!
Movimentos perpétuos.. Não serão eles todos? Ainda assim, escolher aquele (aquele a que dizemos: "É aquele!") movimento não é tão simples, nem se consegue numas miseras três horas!
Tb na maratona? Espero que já tenhas reposto o sono em atraso. Eu, nem por isso. E que bem que soube.
:)
Dançamos
só se for tango...
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