

[Nascer do Sol - Serra de Montejunto, 9 de Julho de 2006]
Hoje li isto:
"O importante não é o que tens na vida mas, sim quem tens na tua vida!"
E quem temos nós, na nossa vida?
Existem aquelas pessoas que nós não escolhemos... mas inevitavelmente fazem parte de nós.
De nós não.
Do que está para lá de nós.
Mas, vistas bem as coisas... fazem parte de nós.
Porque nós somos tudo.
Tudo o que vemos.
Tudo o que olhamos.
Tudo o que caminhamos... pensamos.. vivemos.
E se 'elas' estão no nosso caminho.... então, é porque fazem parte de nós.
Essa 'parte' é que pode ter mais ou menos peso dentro de nós mesmos.
E depois existem aquelas pessoas que encontramos por mero acaso.
Seja no trabalho.
Seja na mercearia da esquina.
Seja no centro da praça.
Seja no café.
Seja numa qualquer portagem.
Algumas dessas pessoas 'entranham-se' em nós.
'Entranham-se' mesmo.
E não sabemos porquê.
Nem porque não.
Porque afinal de contas, apareceram por mero acaso.
Assim.
Sem pedir licença.
E sem pedir licença por cá ficam.
E nós que não sabemos muito bem lidar com o acaso.
Distanciamo-nos.
Não por cobardia.
Não por medo.
É por outra coisa qualquer.
Talvez seja.
Isso.
O seja.
E depois é assim.
A vida passa por nós.
Em vez de nós passarmos pela vida.
Insana mente pensamos que amanhã o seja.
E amanhã não o seja.
Porque insana mente custa a crer que o acaso é isso mesmo.
Simplesmente o acaso.
Tudo isto não faz qualquer tipo de sentido para vós.
Mas, cruelmente hoje faz todo o sentido para mim.
Porque insana mente hoje sinto lucidez.
Absurdo?
Talvez.
Mas, que seja mesmo absurdo.
Porque de outro modo não faria qualquer sentido.
E assim, faz?