segunda-feira, maio 22, 2006

Isso. Isto. Aquilo.


Nunca uma primavera teve tanta chuva.
Chuva.
Porque é a chuva que faz crescer as colheitas.
Quando há sol ninguém diz nada.
Mas, há falta dele toda a 'gente' diz tudo.

Esta primavera tem outro sabor.
Não sei porquê.
Mas, toda a 'gente' fala dela.
Ou então... sou eu que nunca tinha dado pela presença dela.
Não sei.

Anda tudo com um olhar diferente.
E quando digo olhar. É mesmo o olhar.
Não são os olhos.
Porque os olhos é uma coisa.
E o olhar é outra.

Os olhos podem estar semiserrados.
Enevoados.
Pintados.
Fechados.

O olhar... não.
Todas as horas.
Todos os minutos.
Todos os segundos do dia.
Tens olhos.
Agora... olhar.
Olhar... Mesmo!
Pode durar um segundo.

Pode até durar metade de um segundo.
Até menos do que isso.
Mas valem todos os olhos do dia.

E não saber o porquê dessa valência, é que dá chuva.
Mas... chuva é bom.
Faz crescer as colheitas.
Faz sorrir na terra molhada.
Tremer no mar quebrado.
Faz isso.

Isso.
Isto.
Aquilo.
Faz.

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